Como cientistas vão hackear uma galinha para recriar um dinossauro


Os cientistas passaram anos afirmando que os dinossauros eram animais muito similares aos répteis que podemos encontrar atualmente. Nos últimos tempos, essa afirmação começou a ser contrariada, pois foram descobertos fósseis do período Cretáceo (época em que os dinossauros alcançaram o ponto mais alto da cadeia evolutiva) que mostram a existência de penas.
Isso significa que pode realmente existir uma ligação entre os dinossauros e as atuais aves. Com base nessa crença, um cientista norte-americano chamado Jack Horner está planejando recriar um dinossauro a partir do código genético de uma galinha. Para ele, há uma série de pontos da anatomia galinácea que comprovam a descendência evolutiva.

Então quer dizer que as galinhas são dinossauros evoluídos?

Pode parecer loucura, mas é isso que os cientistas estão afirmando. Jack Horner, paleontólogo, afirma que até mesmo a maneira como as aves dispõem os ovos nos ninhos é um traço da herança genética. E isso seria apenas o começo, pois anatomicamente ainda haveria uma série de elementos congruentes nas espécies.
Mas como seria possível – depois de dezenas de milhões de anos e de todas as evoluções pelas quais os animais passaram – fazer com que as galinhas criassem traços similares aos dos dinossauros? Na verdade, as mudanças genéticas não seriam realizadas para “adicionar novas funções”, mas sim reativar “funções adormecidas”.
Isso seria feito por meio de uma técnica conhecida como atavismo experimental, em que os traços genéticos de antepassados são recuperados artificialmente. Segundo os cientistas, por mais que as espécies não manifestem algumas características, elas continuam disponíveis  nos códigos genéticos, mas a necessidade delas foi sendo diminuída até que pudessem ser totalmente reprimidas. É a evolução.
Casos isolados de atavismo natural ainda acontecem. É a explicação para nascimentos de pessoas com cóccix mais desenvolvidos (em forma de protocaudas) e outras características que são consideradas anomalias genéticas. Forçando a aparição desses traços, o paleontólogo deseja reconstruir um dinossauro.

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